Discutir sobre como a IA já está nas nossas vidas, ou onde ele pode chegar, me fez lembrar de algo que me fascinava quando eu era um garoto com um 286 (Ok, talvez com um TK85, mas vocês não estão preparados para esta conversa): o teste de Turing, criado mais de 70 anos atrás para dizer se uma máquina era, ou não, capaz de ser “inteligente” o suficiente para enganar um humano e fazê-lo acreditar que falava com outro humano.
Cercado de muita controvérsia sobre sua efetividade, entre outras razões por que máquinas podiam simular um comportamento similar ao humano sem pensar e, portanto, sem serem inteligentes, ele não deixa de ser uma forma de avaliar as diferentes capacidades que a tecnologia trouxe ao longo do tempo. O Deep Blue, por exemplo, foi capaz de ganhar dos melhores enxadristas do mundo, mas não seria capaz de interagir com ninguém...
Hoje todos nós já incluímos de alguma forma a IA em nossas rotinas, seja brincando com ele em temas genéricos e sérios, pedindo a ele para criar conteúdo (não, este texto não usou IA em sua confecção) ou acelerando suas entregas pedindo a ele para fazer apresentações, criar marcas e imagens ou até escrever teses.
Ao discutir sobre esta questão com pesquisadores muito mais sérios que eu, fico pensando como é interessante que, durante este todo tempo, a pergunta do teste surgia como uma sombra a cada avanço da IA - será que podemos ser “enganados” pela máquina? Como saber se não é um humano do outro lado da linha? – quando a questão mais importante é como podemos usar esta capacidade de concluir e agir para decisões mais rápidas, inteligentes e efetivas em negócios e atividades que possam mudar o nosso mundo para melhor. Sim, ela terá impacto sobre empregos, trabalhos, funções, como a energia elétrica, o vapor e os microcircuitos também tiveram, e sobrevivemos a todos eles, ampliando os horizontes e o alcance do nosso conhecimento.
Eu já me decidi: meu olhar para a IA é de perspectiva, de desenvolvimento, de entender essa nova cultura que se cria quando o acesso às respostas é tão simples, de criar caminhos para que seu impacto social seja positivo e sustentável, garantindo que não se perde o elemento humano nas interações entre negócios e pessoas.
Quanto a Turing, acho que ele hoje estaria não só satisfeito não só por ver que sua provocação feita em um artigo ainda rende textos como hoje, mas também empolgado para explorar o potencial das novas ferramentas de IA que surgem a cada dia...